quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Rascunhos de um diário
Ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para
trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir
sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a
uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para
trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim doído,
choroso, arrastado. Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já
havia então sido decretado. Decretado num discurso mudo, num adeus em
silêncio. Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado
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