Eu tenho esta cara de má rapariga de família que me irrita. Tenho uma
cara
de professora que só ficou mais intensificada com o recente uso do
óculos. Pronto, fui rotulada. Às vezes, eu sinto que não tenho muita
escolha: estou na roda viva, tenho que dançar. Dançar eu até danço, mas a
coreografia é minha, os passos são meus. Já ouvi algumas vezes "nunca
pensei que tu.." Pois é. Aí eu abro um sorriso largo, dou um bafo no meu
cigarro imaginário, às vezes, até vou embora. People take us for
granted - e não há nada mais frustrante. Mas eu não me chateio mais com
isto. Se meio mundo quer rotular -me, porque não deixar todo mundo de
boca aberta, sem fala, ao perceber que sou mais (e posso mais) do que a
etiqueta que me colaram na cara? Acho insuportável o exame que diz que
estou acima do meu peso assim como aqueles que acham que conhecem a
minha natureza por conta de meia dúzia de conversas. Se quiserem por -me
uma etiqueta, que ponham, mas sou eu quem terá o prazer de fechar as
bocas alheias com ela
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